#DesmonteDoIphan – O tempo não apaga as
lembranças que temos do tempo de criança. Além do carinho e cuidados que nossos
pais nos proporcionaram, viver em companhia dos avós, como ocorreu comigo e
meus irmãos, traz emocionantes e inesquecíveis recordações. São patrimônios da
família, que devemos proteger e preservar. Esse sentimento é o mesmo em relação
às memórias diversas do município, estado ou país. Fazem parte da história como
se fosse de uma família.
Por esses dias, ficamos preocupados e
tristes com a notícia de que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) sofre um desmonte e caiu num abandono de dar dó. A informação dá
conta de que, após a paralisação do conselho consultivo por quase dois anos e
da troca de funcionários de alto escalão, a instituição encontra-se perdida.
Enfrenta os reflexos de uma série de medidas que podem transformar a principal
entidade de preservação do patrimônio cultural do Brasil num órgão-fantoche,
subordinado aos extremistas que estão no poder.
Segundo especialistas, esse é um desmantelamento inédito, que não se viu nem no
regime militar. Aprovação expressa de licenciamento ambiental, distribuição de
cargos-chave para aliados do poder, redução do orçamento e paralisação do
mestrado são algumas das medidas que comprovam o desmonte do Iphan.
Membros do conselho consultivo do Iphan assinaram um manifesto contra o
desmonte e perseguição à presidente da instituição, Larissa Peixoto. Porém, não
houve respostas ao clamor. O Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio
Brasileiro junta-se às manifestações em prol do Iphan. Porém, o governo federal
segue firme em seus propósitos para mudar as regras centenárias do Iphan. É o
caso da autodeclaração, prevista no novo projeto, que seria uma carta-branca
para a destruição ambiental e patrimonial, segundo entidades de geógrafos e
arquitetos que integram o fórum.
Reafirmo a minha preocupação! Somente
uma fortíssima campanha nacional, com absoluto engajamento popular, pode mudar
os rumos dos acontecimentos e tentar salvar o patrimônio histórico e artístico nacional.
A meta é combater o desmantelamento do Iphan, como noticiou a Imprensa ao
classificar que o instituto virou “órgão-fantoche de extremistas e sofre um
desmonte inédito” no País. #SOSMemória #DefesaDoPatrimônio
Foto: Reprodução/Portal Iphan
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário