sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

SOS Memória

 


#DesmonteDoIphan – O tempo não apaga as lembranças que temos do tempo de criança. Além do carinho e cuidados que nossos pais nos proporcionaram, viver em companhia dos avós, como ocorreu comigo e meus irmãos, traz emocionantes e inesquecíveis recordações. São patrimônios da família, que devemos proteger e preservar. Esse sentimento é o mesmo em relação às memórias diversas do município, estado ou país. Fazem parte da história como se fosse de uma família.

 

Por esses dias, ficamos preocupados e tristes com a notícia de que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) sofre um desmonte e caiu num abandono de dar dó. A informação dá conta de que, após a paralisação do conselho consultivo por quase dois anos e da troca de funcionários de alto escalão, a instituição encontra-se perdida. Enfrenta os reflexos de uma série de medidas que podem transformar a principal entidade de preservação do patrimônio cultural do Brasil num órgão-fantoche, subordinado aos extremistas que estão no poder.


Segundo especialistas, esse é um desmantelamento inédito, que não se viu nem no regime militar. Aprovação expressa de licenciamento ambiental, distribuição de cargos-chave para aliados do poder, redução do orçamento e paralisação do mestrado são algumas das medidas que comprovam o desmonte do Iphan.


Membros do conselho consultivo do Iphan assinaram um manifesto contra o desmonte e perseguição à presidente da instituição, Larissa Peixoto. Porém, não houve respostas ao clamor. O Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Brasileiro junta-se às manifestações em prol do Iphan. Porém, o governo federal segue firme em seus propósitos para mudar as regras centenárias do Iphan. É o caso da autodeclaração, prevista no novo projeto, que seria uma carta-branca para a destruição ambiental e patrimonial, segundo entidades de geógrafos e arquitetos que integram o fórum.

 

Reafirmo a minha preocupação! Somente uma fortíssima campanha nacional, com absoluto engajamento popular, pode mudar os rumos dos acontecimentos e tentar salvar o patrimônio histórico e artístico nacional. A meta é combater o desmantelamento do Iphan, como noticiou a Imprensa ao classificar que o instituto virou “órgão-fantoche de extremistas e sofre um desmonte inédito” no País. #SOSMemória #DefesaDoPatrimônio

 

Foto: Reprodução/Portal Iphan

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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