#MaisSaúde – Nos países subdesenvolvidos e em
desenvolvimento, o saneamento básico tem sido o grande desafio. O Ranking do
Saneamento Básico de 2019, do Instituto Brasil, demonstra que 35 milhões de
brasileiros não possuem acesso à água tratada e 100 milhões vivem sem coleta de
esgotos. Além do mais, somente 46% dos esgotos coletados são alvo de
tratamento.
Não por menos, córregos e rios estão altamente
poluídos, elevando os índices de doenças que congestionam postos de saúde e
hospitais. São males como diarreia, febre tifoide, cólera, infecções
intestinais bacterianas e outras corroendo, inclusive, as finanças públicas.
Se não bastasse esse triste retrato, segundo o
Instituto Brasil, do índice reduzido da água tratada, o percentual de perdas
até o consumo corresponde de 30% a 40%. É um prejuízo absurdo!
Essa triste situação é gerada pelos governantes que não priorizam o saneamento
básico. Por falta de visão, sensibilidade política ou somente pensando na
permanência no poder, achando que obras públicas que ficam debaixo do solo não
rendem votos.
Modéstia à parte, quando assumimos a Prefeitura de
Mogi das Cruzes/SP, investimos robustamente em saneamento básico nos dois
mandatos (2001 a 2008), por meio do Serviço Municipal de Águas e Esgotos (Semae):
- Construímos uma nova estação de tratamento de
água, na Av. João XXIII.
- Desativamos a antiga estação de captação e
implantamos uma nova, denominada Pedra de Afiar, no Rio Tietê, 7 km à montante
da desativada. Esta iniciativa liberou, junto à Cetesb, indústrias que estavam com
suas atividades industriais condenadas, como NGK, Gerdau e as 30 empresas
médias do Núcleo Industrial Alcides da Silva, entre outras.
- Aumentamos a rede de esgotos em diversas
localidades. Construímos uma gigantesca estação de tratamento de esgotos, no
distrito de César de Souza, visando a despoluição do Rio Tietê e de seus
afluentes. Foi uma medida sem precedentes, com investimento financiado pelo
BNDES, que permitiu um salto no tratamento de esgoto: de 0,5%, em 2001, para
43%, ao final do mandato em 2008.
Faço esse registro, sem qualquer pretensão promocional.
Apenas para demonstrar que cabe aos gestores públicos investirem fortemente em
saneamento básico. Foram 8 anos de intenso trabalho e inúmeros outros avanços. Destaco
que os prefeitos antecessores cumpriram com suas responsabilidades, cabendo à nossa
gestão ampliar maciçamente os investimentos em saneamento básico.
Faço votos que os demais gestores continuem a
hercúlea tarefa de investir em saneamento básico, visto que é uma necessidade sem
fim. Trata-se de uma obra de incomensurável importância para a preservação ambiental
e, sem dúvida, para a saúde e qualidade de vida.
Profunda gratidão ao Rio Tietê, fornecedor de 60% do
abastecimento de água aos mogianos. Os 40% restantes são adquiridos da Sabesp
que, por sinal, também se abastece dos reservatórios construídos no Tietê e
afluentes da nossa região, por meio do Sistema Produtor de Água do Alto Tietê
Cabeceiras. #SaneamentoÉVida
(Foto: Divulgação / Semae)
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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