terça-feira, 11 de abril de 2023

Boas soluções

 

#FazendasUrbanas – Já ouviram falar em “Fazendas Urbanas”? Elas existem. Ficam nos centros das cidades e produzem hortaliças, em grande quantidade e integralmente isentas de agroquímicos. Não são hortas comunitárias ou escolares. A atividade ainda está no início, mas já há oito fazendas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Bahia. Juntas, produzem 25 toneladas de verduras e legumes, como alface, rúcula, tomate e abobrinha.

 

Na cidade de São Paulo, a fazenda fica no terraço do Shopping Center Plaza Sul. Produz duas toneladas de hortaliças, pelo processo hidropônico, com tecnologia de ponta, que inclui visores nas hortas, computadores e acompanhamento inteligente. Tudo, implementado, comandado e monitorado por colaboradores contratados. Uma maravilha!

 

A importante novidade veio do empresário mineiro Giuliano Bittencourt, fundador da empresa BeGreen, que vem implantando as fazendas urbanas, visando alimentação mais saudável para a população. A percepção do empresário teve a ver com seu pai, vítima de diabetes descontrolada, que faleceu depois de forte gripe. Ele entendeu que o consumo de muito queijo e outros alimentos supergordurosos pode desencadear doenças crônicas. Assim, pensou numa alternativa para mudança do hábito alimentar das pessoas.

 

O destino ofereceu a Bittencourt a possibilidade de encontrar uma solução. Em 2014, ele participou de um programa de aceleração de startups no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, onde descobriu as fazendas urbanas. O empresário trocou o ar-condicionado do escritório pelo ambiente das fazendas urbanas. Rapidamente, entendeu o processo: a alface na terra, se chover demais ou fizer muito sol, se perde; os ataques de pragas e fungos são constantes; se produz a 200 km de São Paulo, com transporte em veículo sem refrigeração; gastam-se quatro dias após a colheita para o produto chegar ao consumidor.

Conduzidas com alta tecnologia, as fazendas urbanas produzem 28 vezes mais uma infinidade de hortaliças, num mesmo espaço que as lavouras tradicionais, com custos menores, alta qualidade e preços idênticos. Economia de 90% no uso de água para irrigação; preservação do meio ambiente, evitando o lançamento de 27 toneladas de CO2 (gás carbônico); perdas de somente 2% entre a produção e consumo contra o desperdício de 35% da atividade tradicional são alguns dos chamarizes. A BeGreen também atua na área de responsabilidade social, doando 5% de toda a produção. Em Osasco/SP, são beneficiadas 3 mil famílias necessitadas.

 


“Somente com metodologias inovadoras e factíveis, como as fazendas urbanas, poderemos alimentar os 10 bilhões de habitantes que o planeta Terra terá em 2050”, afirma o empresário de visão futurista, CEO da BeGreen (foto). É uma realidade inquestionável! Dessa forma, não necessitaremos de novas áreas cultiváveis, que resultam em desmatamentos e queimadas monstruosas, como vêm ocorrendo na região amazônica, ceifando flora, fauna e vida. Que venham boas soluções! #Inovação #Responsabilidade #Saúde

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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