#DegeloNaAntártida – O aquecimento global, iniciado
séculos atrás por irresponsabilidade dos seres humanos, demonstra uma
preocupante aceleração nas últimas décadas. Estudo oficial mostra que o gelo da
Antártida está derretendo seis vezes mais rápido do que há 40 anos. O efeito
catastrófico deve provocar maior elevação do nível dos oceanos no mundo todo.
Neste ano, a Antártida registra a perda de 20% de extensão do gelo marinho,
durante o inverno.
Segundo a revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences, o derretimento do
gelo elevou o nível do mar em 1,4 centímetro entre 1979 e 2017 e há previsão de
aumento maior nos próximos anos. Entre 1979 e 1990, a Antártida perdeu, em
média, 40 bilhões de toneladas/ano de gelo e, de 2009 a 2017, a perda atingiu
252 bilhões de toneladas/ano.
O derretimento célere do gelo por causa do
aquecimento global é considerado irreversível pelos cientistas, com sérias
consequências para todos os seres vivos. Atualmente, 2 bilhões de habitantes do
planeta são afetados pelo degelo anual das geleiras e, a cada centímetro de
elevação do nível do mar, mais de 3 milhões de pessoas ficam expostas a risco
de inundações adicionais.
Aliás, a causa principal da morte de 100% de bebês
pinguins na Antártida é a prova cabal dessa situação, visto que essas aves
dependem dos grandes blocos de água congelada para se reproduzirem e criarem
seus filhotes.
De 1986 a 2023, a Antártida perdeu 1 milhão de
quilômetros quadrados (km²) de gelo, ficando com a menor extensão. Desde então,
está com 16,96 milhões de km² e perdendo mais a cada ano. “Precisamos proteger
essas partes congeladas do mundo, importantíssimas por uma série de fatores que
são de conhecimento geral das autoridades públicas e lideranças da sociedade
civil”. Esta é a mensagem dos cientistas.
Estudos apontam que a geração dos gases efeito estufa é a principal causa do aquecimento global, que provoca o derretimento célere do gelo no Polos Antártico e Ártico. Vamos nos unir às manifestações dos 30 países participantes da Cúpula de Paris, realizada em novembro de 2023, para estudar a criosfera (camada da superfície terrestre coberta permanentemente por gelo e neve), visando a conscientização geral sobre o catastrófico degelo.
Cabe uma luta intransigente para reduzir os
principais fatores da mudança climática, cada vez pior. É preciso agir, antes
que essa violação supere as sagradas vidas humanas, da fauna e da flora.
#EstadoDeAlerta
(Imagem: Reuters)
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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