terça-feira, 7 de julho de 2020

Nuvem de gafanhotos


#NuvemDeGafanhotos – Acho que já ouviram falar dela. Por culpa do ser humano, notadamente pela devastação de florestas que, ao longo de séculos, transformaram-se em monocultura de enormes plantações. Esta é a razão primordial da invasão de bilhões de gafanhotos que atacam os cultivos para se alimentar.

Há dois meses, essa nuvem de gafanhotos invadiu as províncias argentinas de Santa Fé, Córdoba, Chico e adjacências e, em questão de dias, devorou todas as plantações de soja, trigo, arroz, milho e pastagens. Em seguida, invadiu o Uruguai e ameaça penetrar no Brasil para destruir lavouras e pastagens do Rio Grande do Sul.

Para se ter ideia, podem haver 40 milhões de gafanhotos por Km², devastando, num único dia, o equivalente ao consumo alimentar de 2 mil vacas ou 35 mil pessoas. A velocidade de locomoção dos insetos permite percorrer 150 quilômetros num único dia. É uma situação de enorme gravidade para o judiado planeta Terra, com consequências trágicas aos seres humanos.

Por outro lado, muitas nações transformam os gafanhotos em excelente ração para aves. E seria cômico se não fosse trágico! Com todo respeito às diferenças e aos diferentes, fato é que  
muitos povoados de países asiáticos consomem gafanhotos como verdadeiras iguarias.

Compartilho o vídeo, replicado pela TV Exemplo, que mostra o preparo caprichado de gafanhotos na culinária humana. Como dizia o cientista francês, Antoine Lavoisier: “Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.





Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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