sexta-feira, 3 de junho de 2022

Transformação pela vida

 

#AçõesUrgentes – Amigas e amigos, o mundo está numa encruzilhada de altíssima complexidade. Falo sobre agropecuária e a poluição global. Solução existe. Porém, a grande encrenca reside na série de providências que todos os países precisam tomar, a curto prazo, para diminuir os efeitos do gás carbônico. Caso contrário, será tarde demais para salvar a humanidade.


Recentemente, falei sobre a urgência de restringir o uso de combustíveis fósseis (http://junjiabe.com.br/artigo.php?q=544). Grandes corporações defendem com unhas e dentes a cadeia produtiva dos combustíveis fósseis, calcadas em ganhos econômico-financeiros e à revelia das energias alternativas, renováveis e limpas, que estão aí para substituir os poluentes. O grande nó nessa questão é a atividade agropecuária, também grande responsável pela emissão de gás carbônico.

 

Por que a dificuldade? Porque envolve a produção de alimentos. A agropecuária ocupa área total mundial de 8,87 bilhões de hectares e alimenta atualmente 7,8 bilhões de pessoas. Mesmo assim, 800 milhões de habitantes passam fome, por falta de comida.

 


A população mundial não para de crescer. Em 2030, será de 8,5 bilhões e, em 2050, de 9,7 bilhões de pessoas. Para garantir a alimentação, a agropecuária, mesmo sendo geradora de gás carbônico, precisará de novas áreas. Em 2030, mais 175 milhões de hectares; em 2050, mais 300 milhões de hectares; e assim por diante.


A saída para essa dificílima equação é destinar gigantescos investimentos ao setor de pesquisa, ciência, tecnologia e melhoramentos. De pronto, para resgatar 2 bilhões de áreas degradadas que existem no mundo. No Brasil, há 140 milhões de hectares (tamanho de duas França), que necessitam ser recuperados. Ao mesmo tempo, aumentar progressivamente o índice de produtividade da agropecuária e outras modalidades produtivas. Igualmente, é vital reduzir as perdas de comida (http://junjiabe.com.br/artigo.php?q=549) e substituir as fontes de proteínas vegetais e animais por alimentos que não sejam produzidos no solo (ex.: hidroponia).

 

Será possível essa mudança de postura? Claro! Bastam a união dos países nesse sentido e vontade política dos governantes. Se assim for, tudo é possível, dentro dos prazos necessários para a defesa da vida e do planeta. Mas, o processo também depende da transformação da conduta de cada cidadão, de forma consciente e responsável! Afinal, a vida é a maior dádiva que Deus nos concedeu. #TransformaçãoPelaVida

 

(Foto: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

 

Junji Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo

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