#TaxaDeFecundidade – Problemas que não passam na
mente da maioria do povo brasileiro afligem a metade das nações do mundo, como
é o caso de Japão e Itália, entre outros países. Falo da queda da taxa de
fecundidade dos casais e suas consequências. Isto torna a população idosa cada
vez maior, com enormes preocupações, principalmente a diminuição de mão de obra
produtiva e o perigoso desequilíbrio para continuidade da previdência social.
Há um declínio significativo, em nível global, da
taxa de fecundidade, marcada pela redução drástica do índice de nascimentos,
conforme análise do estudo efetuado pelo “Fardo Global das Doenças”. Os
pesquisadores alertam para a tendência de uma sociedade com mais avós do que
netos.
A pesquisa indagou:
- Por que as mulheres dos países com natalidade
mais baixa não querem ter filhos?
- Por que a qualidade do sêmen está caindo no mundo
e como isso ameaça a reprodução humana?
O estudo acompanhou a evolução da taxa de
fecundidade em 195 países de 1950 a 2017. Em 1950, as mulheres tinham, em média,
4,7 filhos durante a vida. Em 2017, o índice caiu pela metade (2,4). Toda vez
que a taxa de fecundidade média de um país fica abaixo de 2,1%, as populações
acabam encolhendo. O processo é mais célere onde há altas taxas de mortalidade
infantil.
O governo do Japão promete pagar, a partir deste
ano, R$ 3,1 mil por filho, como auxílio aos casais. Porém, a proposta não
agradou, porque os casais sabem que o custo real por filho fica em torno de R$
16,9 mil.
Por falta de interesse em ter filhos, cada vez mais,
há cidades japonesas que se tornam desertas ou de idosos. Diante desse
preocupante acontecimento, o governo japonês oferece mais de R$ 40 mil para as
famílias se mudarem de Tóquio – super-habitada com mais de 35 milhões de
habitantes –, como também de Osaka, com
19.222.665, para povoarem cidades que sofrem com o envelhecimento da população.
É uma tentativa de rejuvenescê-las.
Na Itália, diversas prefeituras vendem residências
por somente 1 euro (R$ 5,10) para pessoas que queiram morar em cidades
despovoadas, com o compromisso contratual de reformá-las e habitá-las. O
contrato é válido também para estrangeiros.
Uma bomba de petardo retardado se arma em todas as
sociedades com situação semelhante às mostradas. Ou seja, a inviabilidade de assistência
e previdência públicas.
Imperceptivelmente, o Brasil caminha para este
preocupante cenário, com o agravante do alto índice de desigualdade social. Portanto,
é preciso ficar antenado! Esperamos que o futuro da sociedade brasileira, em
termos de fecundidade, seja de absoluto equilíbrio e que possamos almejar o
contínuo desenvolvimento sustentável. Que assim seja!
#EnvelhecimentoDaPopulação #CenárioPreocupante
(Foto: Reuters/Kim Kyung-Hoon)
Junji Abe, produtor e líder
rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
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