#CustoBenefício – “Você mudaria seu
voto por um desconto de R$ 1,00 no litro de gasolina?” Esta é a chamada da
matéria do jornalista Vinicius Torres Freire, colunista da Folha/UOL, em 2 de junho último. Aproveitando a questão, ouso tecer
comentários sobre as campanhas eleitorais e as eleições que vivenciamos no
Brasil ao longo dos anos.
Parto do princípio de que quanto
menos educação de qualidade, alicerce fundamental da formação cidadã, mais desvirtuamentos,
frustrações e arrependimentos virão com os resultados das urnas, consagrando a
vitória de políticos desqualificados, oportunistas, despreparados e, inclusive,
rotulados de “Salvadores da Pátria”.
Torna-se um círculo vicioso. Ao
elegermos políticos nessas condições, mais anos vivenciaremos sem as
necessárias transformações na estrutura educacional. Afinal, políticos
oportunistas e pseudolíderes praticam políticas desvirtuadas, exatamente para
tirar proveito dos eleitores despreparados para o exercício do voto.
Sem menosprezo à conduta de quem quer
que seja, a falta de cultura e educação coloca milhões de votantes em situação
de vulnerabilidade. Decidem seu voto sagrado com base no estado de espírito em
que se encontram, inclinando-se, por exemplo, a privilegiar defensores de programas
sociais de auxílio à sobrevivência, como Bolsa Família, Auxílio Emergencial,
Auxílio Brasil, Vale Gás, Tarifa Social (conta de luz) e, agora, o eventual
desconto no preço dos combustíveis, mesmo que seja de R$ 1,00 por litro de
gasolina, conforme estuda o governo federal, após pressão dos parlamentares do
dito Centrão. Todas essas ações acentuam-se às vésperas da campanha eleitoral.
Deixo claro que não sou contra
auxílios de ordem social, direcionados às pessoas necessitadas, desde que haja
estrutura e cursos de capacitação profissional capazes de prepará-las para
reais oportunidades de inclusão.
Mas, vejam vocês, nas últimas décadas,
os programas de ajuda social perderam o rótulo de temporários e passaram a ser
permanentes para as pessoas vulneráveis que acabam por ficar desmotivadas a
deixarem o estado de calamidade social. Claro, salvo dignas exceções.
Voltaremos a falar sobre as eleições em outras postagens. #Reflexões #DeOlhoNoVoto
(Foto: Arquivo Agência Brasil)
Junji Abe, produtor e líder rural, é
ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário