#DuraPerda – O ex-1º Ministro do
Japão, Shinzo Abe, foi assassinado na quinta-feira (07/07), quando estava no
palanque para apoiar seus correligionários do Partido Liberal Democrático, em
campanha ao Senado. Foi uma perda profundamente precoce, sentida e lamentável
em todos os sentidos, notadamente pela sua enorme liderança, competência e
equilíbrio. Há de se perguntar como, num país tido como muito seguro, inclusive,
com o total controle sobre armamentos, pode ocorrer um crime de tal ordem?
Shinzo Abe, nasceu em 21/09/1954, na
capital do Japão, Tóquio, e foi o 1º Ministro mais jovem, após a 2ª Guerra
Mundial, e o mais longevo. Seus mandatos foram de 2006/2007 e de 2012/2020, com
grande performance governamental pelo Plano Abenomics, com o reerguimento da
economia atingida pelo tsunami e desastre nuclear de Fukushima em 2011.
Registro, com sentimento de profundo
pesar, o falecimento do Premiê Shinzo Abe, fundamentalmente, pelo fato de ter
sido um grande amigo do povo brasileiro e apoiador incondicional do Brasil.
Aliás, em 2014, quando esteve no
Brasil, demonstrou esse sentimento, durante visita à Câmara Federal, em
Brasília/DF. Na condição de deputado federal (fev/2011-jan/2015) e presidente
do Grupo Parlamentar Brasil-Japão (deputados federais e senadores), ao lado dos
colegas parlamentares e, destacadamente os nikkeys – Keiko Ota, Walter Hiroshi
e Luiz Nishimori –, tive a honra de
recepcioná-lo em nome do Congresso Nacional. Quebrando o protocolo, o Premiê me
surpreendeu pela total simpatia e humildade, com efusivos abraços de amigos de
longa data. Bem-humorado, fez questão de enaltecer a coincidência dos nossos
sobrenomes.
Sua visita teve como propósito melhorar
sobremaneira a relação bilateral Brasil-Japão, alicerçada no fortalecimento
mútuo de permutas das commodities
(produtos agrícolas e minérios) brasileiras e da superdesenvolvida tecnologia
japonesa para agregar valores aos produtos primários, como também no
desenvolvimento conjunto da defesa e preservação ambiental.
Aproveitei para externar nossa
infinita gratidão pelos grandes investimentos proporcionados pelo governo do
Japão ao Brasil, como o Programa de Desenvolvimento do Cerrado Brasileiro
(Prodecer), em 1950, medida que colocou a nação brasileira no top do
agronegócio mundial; a transformação do ferro em aço de 1ª qualidade, por meio do
Programa Usiminas; a despoluição da Baía da Guanabara (RJ); o alargamento e
aprofundamento da calha do Rio Tietê, no perímetro urbano da Cidade de São
Paulo, para acabar com as constantes enchentes; a autossuficiência do Brasil na
cultura e produção de maçãs em Santa Catarina; etc...
Na ocasião, o 1º Ministro Shinzo Abe
declarou: “O Japão e o seu povo é que devem agradecer o Brasil, não só pela
consolidada relação bilateral, mas pela amizade que os senhores e senhoras nos
conferem, visto que não há preço que pague tamanha amizade fraternal”.
Ao sair do Congresso Nacional, o Premiê seguiu para São Paulo, onde foi recepcionado com extrema emoção pelas
lideranças das entidades da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e
Assistência Social (Bunkyo), Associação das Províncias Japonesas no Brasil
(Kenren) e Beneficência Nipo-Brasileira de São Paulo (Enkyo), entre outras.
Com profundo respeito à magnífica
pessoa e em memória do extraordinário legado do saudoso 1º Ministro do Japão,
posto a foto histórica que registra meu encontro com Shinzo Abe, durante visita
à Câmara dos Deputados. Descanse em paz, amigo! #CasaCelestial #ÚltimaHomenagem
Junji
Abe, produtor e líder rural, é ex-prefeito de Mogi das Cruzes, na Grande São
Paulo
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